Apesar de o desenvolvimento de novos espaços de trabalho na Europa ter ultrapassado valores dos últimos cinco anos, as taxas de disponibilidade mantêm-se aquém dos níveis de procura. No caso português, é esperado um aumento superior a 150 mil metros quadrados (m2) de espaços de escritórios em Lisboa para o biénio 2021-2022, e de 100 mil m2 de novos espaços no Porto até 2022. Ainda assim, a oferta deverá ser rapidamente absorvida.

De acordo com o relatório ‘European Office Development’, os ocupantes que procurem espaços de trabalho de qualidade na Europa “serão confrontados com uma forte competição pelos melhores espaços no mercado de arrendamento, apesar de se esperar que 2021 traga mais 26% de novos espaços de escritórios para o mercado europeu, o maior crescimento verificado nos últimos cinco anos”.
Até ao final do ano, espera-se que sejam adicionados ao mercado europeu de escritórios mais 5,2 milhões de m2. Para o ano de 2022, antevê-se um aumento similar, de 5,1 milhões de m2. Contudo, estima-se que 54% desses novos espaços de escritórios projetados para 2021 estejam já pré-arrendados, pelo que qualquer novo espaço de escritório prime será imediatamente absorvido, de acordo com as atuais tendências de ocupação.
Apesar de a percentagem de espaços pré-arrendados ser inferior a 2020 (entre 55% e 60%), a procura por espaços de trabalho de qualidade é uma prioridade para os ocupantes, não encontrando correspondência numa oferta que se mantém aquém das tendências de ocupação.