O negócio da compra e venda de casas de luxo continua agitado em Portugal, tendo este sido, de resto, um dos segmentos imobiliários residenciais que melhor resposta deu à pandemia da Covid-19. Em Lisboa, o preço das casas de luxo aumentou 4,5% entre janeiro e junho deste ano, com o valor médio dos imóveis ‘prime’ a chegar aos 8.600 euros por metro quadrado (m2).
A capital portuguesa é, entre as 30 cidades analisadas, a única da União Europeia (UE) no top dez das que mais valorizaram, encontrando-se precisamente no 10º lugar. Está, desta forma, à frente de metrópoles como Berlim (Alemanha), Madrid (Espanha), Milão (Itália), Barcelona (Espanha), Paris (França), Roma (Itália) e Amsterdão (Países Baixos).
Das 30 cidades analisadas, somente três – Roma, Milão e Madrid – não registaram aumentos e quatro – Barcelona, Paris, Bombaím (Índia) e Nova Iorque (EUA) – registaram contrações no valor dos mercados residenciais ‘prime’. As cidades que não registaram crescimento são aquelas cujos mercados residenciais ‘prime’ dependem fortemente de investimento estrangeiro, e a pandemia veio levantar múltiplos obstáculos à movimentação transfronteiriça de capital.
O “World Cities Index” é liderado pelas cidades chinesas de Xangai e Hangzhou, que viram os preços das casas de luxo disparar 13,7% e 13,2%, respetivamente, no primeiro semestre do ano. As norte-americanas Los Angeles (12,9) e Miami (9,1%) e a chinesa Shenzhen (9,1%) completam, por esta ordem, o top cinco das que mais encareceram.
Portugal continuará a ser um mercado muito apetecível
Falando sobre o mercado residencial de luxo a nível nacional, tem-se vindo a verificar um aumento gradual da procura de imóveis ‘prime’ devido ao maior controlo da pandemia e à abertura de alguns mercados, um cenário que deve melhorar com a aceleração da vacinação. Portugal, nomeadamente o setor de imóveis ‘prime’, continuará a ser um mercado muito apetecível e que beneficiará com a abertura dos mercados. Prevê-se um último trimestre forte.
Em termos globais, o regresso das viagens internacionais provavelmente fará aumentar o número de compradores de propriedades ‘prime’.
Prevê-se que uma recuperação económica sustentada continuará a fortalecer a confiança dos compradores e fará crescer a procura. Apesar de continuar a existir um certo grau de incerteza relacionado com a pandemia, antevê-se que o setor residencial ‘prime’ se mantenha forte durante o resto do ano.
