Lisboa foi a região do país que registou a maior subida de rendas das casas.

Ter uma habitação própria é o desejo de muitos, mas não é – ainda – para todas as carteiras. Isto porque os preços das casas estão a escalar mês após mês e há despesas iniciais relativas à compra de casa que nem todos conseguem suportar. Este cenário leva muitas famílias a recorrer ao mercado de arrendamento. E, também aqui, os valores das rendas estão agora em tendência de alta. O Instituto Nacional de Estatística (INE) informou, que as rendas das casas por metro quadrado subiram 1,9% em outubro face ao mesmo mês do ano passado.
Este crescimento homólogo foi “idêntico ao registado no mês anterior”, aponta o INE que diz ainda que “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (2,1%)”, lê-se no boletim sobre o índice de preços do consumidor (IPC).
Já o valor médio das rendas das casas por metro quadrado registou uma variação mensal de 0,2%, valor também idêntico ao registado no mês anterior. “A região com a variação mensal positiva mais elevada foi a Madeira, com uma taxa de 0,4%, não se tendo observado nenhuma região com variação negativa no respetivo valor médio das rendas de habitação”, destaca ainda o INE.
As despesas com a habitação foram mesmo uma das que influenciaram a variação homóloga do IPC, que cresceu 1,8% em outubro de 2021, um valor superior 0,3 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. Além da casa, também as despesas com o transporte, água, eletricidade, gás e outros combustíveis fizeram subir os IPC. E, note-se, que isto pode ser o reflexo da crise energética que se está a instalar na Europa.
Também o indicador de inflação subjacente – isto é, o índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos – acelerou, registando uma variação homóloga de 1,1% (0,9% em setembro).